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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

#Especial Kamen Rider 45 anos - A Era Showa Parte 2

Boa tarde amigos Tokufãs, tudo bem com vocês? Como prometido trazemos a segunda e última parte da matéria especial sobre os nossos queridos Kamen Riders da Era Showa. Nesta parte, reunimos muitas informações e curiosidades sobre eles, e toda a trajetória destes enigmáticos heróis na terrinha do sol nascente. Então, Henshin e vamos a leitura!  
Se você ainda não leu a primeira parte. Confira clicando aqui.  


1979 - O RETORNO DO KAMEN RIDER!

Após um hiato de 3 anos, a Toei Company resolve retornar com as séries Kamen Riders na TV. O Novo Rider chamava a atenção com o seu título apenas como Kamen Rider. Muitos o nomearam como Novo Kamen Rider e depois passou a ser conhecido como SkyRider (Sukairaidã). A série estreou no dia 5 de outubro de 1979 com seus 54 episódios que foram exibidos até 10 de outubro de 1980. Sendo transmitidos pela TBS. SkyRider marcou por ser o primeiro Rider capaz de voar, e retornar com o aspecto de homem gafanhoto assim como os primeiros Riders.



O Jovem Hiroshi Tsukuba (aqui interpretado por Hiroaki Murakami) é transformado em um ciborgue pelo Dr. Keitarõ Shido, um genioso cientista que estava sendo obrigado a trabalhar para o grupo maligno conhecido como Neo-Shocker. Ao tentar escapar da base, ele encontra o jovem Hiroshi gravemente ferido, e consegue convencer os monstros de Neo-Shocker a transformar o jovem em um poderoso guerreiro a serviço do império. O jogo vira e Hiroshi e transformado em SkyRider, e junto do Doutor, conseguem fugir da base definitivamente e passam a enfrentar as ambições da Neo-Shocker.  

 A série se destaca muito pela participação quase constante dos demais Kamen Riders que fazem participações especiais em diversos episódios. No episódio 28, SkyRider passa por um rigoroso treinamento com os Riders, o que faz sua cor mudar de verde escuro para verde claro, aumentando consideravelmente a sua força. Os Riders também retornam nos episódios finais da série. A série rendeu um filme chamado Kamen Rider: 8 Riders Vs Galaxy King (Kamen Raidã: Hachi’nin Raidã Tai Gingaõ) do ano de 1980. Este filme conta com a participação mais que especial do próprio Shotaro Ishinomori, criador da franquia.

1980 - SUPER 1: O SUPER RIDER! 




Com a franquia já estabelecida novamente, no dia 17 de outubro de 1980, estreava na MBS a sétima série da franquia. Nasce o Kamen Rider-Super 1 (Kamen raidã Supã Wan), o Rider Hightec. Sua série contou com 48 episódios para TV sendo exibido até o dia 3 de outubro de 1981. Este Rider na minha opinião, tem o visual mais bonito de toda a Era Showa. A série trouxe uma temática inovadora e tinha tudo para ser a melhor série Rider da época, se não fosse a segunda fase da série, que é criticada por muitos fãs até hoje.

Kazuya Oki (interpretado por Shunsuke Takasugi), é um órfão que foi criado por um respeitado cientista, Dr Henry, que trabalha em um ambicioso programa de desenvolvimento espacial nos Estados Unidos. O Jovem Kazuya se torna um voluntário do tal programa afim de realizar o seu sonho em se tornar um astronauta. Ele acaba se tornando cobaia para uma experiência de criar um homem cibernético que poderia ir ao espaço livremente sem precisar de nenhum outro traje especial. Com a operação realizada com sucesso, ele é nomeado como “Super-1”. No entanto, um inesperado ataque ocorre e o Dr Henry e todos os cientistas são mortos por um dos membros do império Dogma. Kazuya é o único sobrevivente e retorna ao Japão, onde treina artes marciais afim de se tornar mais forte e poder usar os poderes de Super 1 para enfrentar o império Dogma e ZinDogma.

Os 9 reunidos no filme Kamen Rider Super 1 - The Movie

Ao contrário das demais organizações malignas, os Dogma constroem androides e Robos poderosos para enfrentar Super 1. Ele conta com o poder das 5 mãos (luvas) que lhe dão incríveis poderes, são elas: Super Hands (mão de cor prata que lhe permite dar socos de até 30 toneladas de força), Elek Hands (mão azul que lhe permite usar um raio de até 300 mil volts), Power Hands (mãos vermelhas que dá uma grande força, capaz de erguer até 50 toneladas), Radar Hands (mão dourada. Pode lançar tiros e emitir ondas de radar de até 10 Km) e Thermal Hands (luva verde capaz de lançar chamas).
Kamen Rider Super 1 ganhou um filme no dia 14 de março de 1981. Filme este que marca um crossover com todos os Riders anteriores. Após o final de Super 1 ocorre mais um hiato na franquia, este por sua vez um pouco mais longo, pois a TV se via invadida pelo sucesso dos Metal Heroes que se iniciaram em 1982 com Uchuu Keiji Gyaban. Para matar um pouco a saudade dos fãs, em 1984, a Toei produz um especial que mostraria um novo Rider. Surge Kamen Rider ZX, o Rider Ninja!   

1984 - O NASCIMENTO DO DÉCIMO! TODOS OS KAMEN RIDERS JUNTOS!




Este é o nome do especial (Originalmente chamado Jugo Tanjo! Kamen Raidã Zen’in Shugo!!!) e foi lançado no dia 3 de Janeiro de 1984. O Kamen Rider ZX (Kamen Raidã Zekurosu, ou ainda Z-Cross) nasceu de uma curta história em mangá lançado na edição de Julho da Terebi Magazine. A adaptação de ZX para as telas infelizmente não rendeu uma série como os demais, mas este especial de quase uma hora, agradou e muito os fãs da franquia.

O Filme começa com uma curta introdução ao universo dos Riders, contando um pouco da história e repercussão que as séries alcançaram nos anos 70. Logo depois, o especial se inicia ao som da abertura “Dragon Road” na voz de Akira Kushida. A trama nos apresenta Ryo Murasame (estrelado por Shun Sugata) que no filme é um piloto de aviões. Durante um de seus voos é atacado por monstros do império Badan. Sua irmã que estava consigo no avião é morta, enquanto Ryo é pego e se torna vítima de uma experiência mutante, sendo transformado no poderoso guerreiro ZX e tendo toda a sua memória apagada. Posteriormente, ele acaba por recobrar a memória devido a um acidente e logo encontra todos os Kamen Riders. É quando Ryo se dá conta de seus poderes e de sua missão, que é se juntar aos Riders para vencer a Badan e vingar a sua irmã. Como Kamen Rider, ZX é excelente, e usa golpes e armas ninjas como Shurikens. Após o lançamento deste especial, tivemos mais uma pausa que duraria até 1987. 

Os 10 Kamen Rider reunidos contra a Badan.


1987 - KAMEN RIDER BLACK E O FIM DA ERA SHOWA!



No dia 4 de outubro de 1987, a Toei lançava uma das melhores séries da franquia até então, a série Kamen Rider Black (Kamen Raidã Burakku). Também foi a primeira série da franquia a estrear oficialmente no Brasil na década de 90 juntamente dos inúmeros outros Tokusatsus na Rede Manchete. Kamen Rider Black foi exibido originalmente na TBS e MBS e contou com figurino e produção de primeira. Na época também ganhou um Mangá de 6 volumes encadernados desenhado e escrito por Shotaro Ishinomori. A série de TV contou com 51 episódios mais 2 filmes para o cinema: Hurry to Onigashima (Rápido para Onigashima) e Terrifying! The Phatom House of Devil Pass (Terror! O museu dos monstros do mal) ambos de 1988.

As aventuras de Issamu Minami (Kotaro, no original e interpretado por Tetsuo Kurata) contra os malignos Gorgons, lembra e muito os primeiros episódios do primeiro Kamen Rider, pelo clima tenso e sombrio. Na trama, Issamu comemorava seu aniversário de 19 anos, junto de seu irmão de criação Nobuhiko. Os dois são pegos pela organização Gorgon para se tornarem os futuros imperadores seculares, tendo as pedras conhecidas como KingStone inserida em seus corpos. Com isso, se tornam Black Sun e Shadow Moon respectivamente. No entanto, Issamu consegue escapar, já o seu irmão é completamente dominado pelos Gorgons e é transformado no príncipe das sombras. Mais tarde os dois são obrigados a lutar, e Issamu precisa então abandonar o seu passado para enfrentar Shadow moon e enfim destruir os Gorgons. 

O último crossover aconteceu nos episódios finais de RX.


O sucesso da série rendeu uma sequência direta, que estreou alguns dias após o final de Black, exatamente no dia 23 de outubro de 1988. Kamen Rider Black RX (Kamen raidã Burakku Aaru Ekkusu) mostrou a vida de Issamu após vencer os Gorgons e ganhar novos poderes ao absorver os raios solares com seu KingStone e se tornar o filho do Sol. Aqui, ele precisa deter as ambições do império Crises que almeja dominar o mundo. A série além de trazer um tom mais leve, também trouxe algumas inovações dentro da franquia. Rx pode assumir duas formas diferentes, RoboRider, o príncipe da tristeza e BioRider, o príncipe da ira. Devido a estes e outros fatores, a série chegou a ter ainda mais repercussão que a série anterior, fechando assim a Era Showa com chave de ouro. Nos últimos episódios da série, temos um dos melhores crossovers entre os Riders, quando os 10 Riders anteriores aparecem para auxiliar RX nas lutas finais contra Crises. A série se encerrou no dia 24 de setembro de 1989 e contou ainda com um especial chamado Kamen Rider Black RX: Stay in The Word (RX permaneça no mundo).


Rx caracterizou a última série da Era Showa.

ANOS 90 - FILMES, MANGÁ E ANIME: COMO A FRANQUIA SOBREVIVEU APÓS A ERA SHOWA!



 Em 1989, se encerrava assim o período Showa, ou como conhecemos, a Era Showa. Para entendermos melhor o que isto significa, precisamos ter em mente que os nomes Showa e Heisei são usados para denominar diferentes períodos da história do Japão. Por exemplo, o período Showa corresponde ao tempo de reinado do imperador Hirohito que esteve em poder entre 25 de dezembro de 1926 até o dia 7 de janeiro de 1989. Neste meio tempo ouve também a Era pré-Showa que ocorreu de 1926 até 1945. Isso devido aos acontecimentos durante a segunda guerra mundial e a derrota do Japão, que causou diversas mudanças para o País. Por isso há essa divisão. Depois da guerra entrava então a Era Pós-Showa, essa sim durando até o ano de 1989. Apesar dessas divisões pré e pós-guerra, ambos fazem parte do mesmo período. Assim, no dia 8 de janeiro de 1989 foi anunciada o início da Era Heisei, um dia após a morte do imperador Hirohito. Seu trono foi sucedido então pelo seu filho Akihito, o qual é o imperador do Japão atualmente.


Agora que já foi explicado sobre os períodos Showa e Heisei, vamos voltar a falar dos nossos Kamen Riders e como a Toei conseguiu manter a franquia viva. O primeiro passo foi criar um filme diretamente para o mercado de vídeo. Este filme também comemorava os 20 anos da franquia. Shin Kamen Rider Joshõ (Novo ou Verdadeiro Kamen Rider: Prólogo). O “prólogo” no título nos dá indícios de que a ideia inicial da Toei Company e também de seu criador, Shotaro Ishinomori, era de futuramente criar uma série de Shin, o que infelizmente não ocorreu, talvez devido as baixas vendas e retorno lucrativo abaixo do esperado. 
O filme até hoje causa um certo estranhamento entre o público, principalmente para quem não está familiarizado com os mangás de Ishinomori, isto por que, este foi o personagem que mais se aproximou da ideia original do autor, que era criar um homem mutante fundido com um inseto e com uma aparência monstruosa. Tanto seu aspecto físico quanto a sua transformação, são diferentes do que estamos acostumados a ver nas séries de TV. A propósito, a transformação de Shin é algo que se destaca e muito neste filme. Com uma temática séria e adulta, o filme conta a história de Shin Kazamatsuri (estrelado por Katsuhisa Ishikawa), um jovem vítima de uma experiência de transmutação mutante realizada pelo seu próprio pai, que o transforma em um humanoide com aparência de um gafanhoto. Mais tarde, tanto Shin quanto seu pai, descobrem que a organização que financiava as experiências era na verdade quem estava causando mortes de soldados e agentes militares por toda a cidade. Shin, passa a ser considerado uma ameaça e por isso passa a ser caçado por agentes da CIA. Ele então descobre toda a verdade por trás da organização e também quem estava matando os agentes, que era na verdade um outro soldado ciborgue criado para causar destruição. Ele então enfrenta esta ameaça para proteger todos ao seu redor, inclusive, a sua namorada Ai Asuka o qual estava para dar a luz a uma nova vida. 


O filme agrada pelo tom sério e também pelo drama e inclusive o próprio Ishinomori já revelou em entrevista que Shin é o seu Kamen Rider preferido. O filme também possuí um ótimo elenco com a presença de atores famosos como Akira Ishihama (Dr Tokimura em Flashman) e Kiyomi Tsukuda (Anri em Jaspion).
Em 1993 com o devido “fracasso” do primeiro filme, Ishinomori procura a Toei com um novo projeto para a tentativa de um novo filme. A ideia era Kamen Rider ZO (Kamen raidã Zetto) este com um visual mais arrojado e bem diferente de Shin. Nesta época, a Toei estava começando a sua parceria com a empresa de brinquedos e jogos, a gigantesca Bandai. O filme foi lançado no festival da Toei em 1993 e o resultado final foi muito satisfatória sendo inclusive uma das primeiras produções a utilizar o CGI (Computação Gráfica) de uma forma bem tímida, mas que conseguiu obter o seu destaque. O enredo de ZO, também trouxe inovações, pois pela primeira vez, o herói não enfrentou uma organização ou império maligno. Masaro Asu (interpretado por Hiroshi Domon) é usado como cobaia e transformado em um mutante graças a uma experiência em criar uma nova forma de vida superior, denominada Neo-Organismo. O idealizador desta pesquisa é o Professor Mochizuki (interpretado pelo famoso ator e cantor Isao Sasaki). O Neo-organismo cria grande forma e inteligência e perde totalmente o controle, o Professor então cria ZO como uma última esperança para deter o monstro incontrolável e salvar a vida de seu filho Hiroshi que acaba sendo exposto ao perigo. O filme teve direção do renomado Keita Amemiya e conseguiu obter um sucesso e destaque na mídia.

Posteriormente houve planos para criar uma sequência em filme para ZO, mas no mesmo ano, isso em 1994, o ator Hiroshi Domon estava muito ocupado gravando para a série Metal Hero, Blue SWAT, por este motivo, a sequência não foi feita. A única solução da Toei foi lançar um novo Kamen Rider aparentemente semelhante ao ZO, o resultado foi o Kamen Rider J (Kamen raidã Jay) único Rider da franquia que era capaz de se tornar um gigante (isso mesmo, um gigante!).


Lançado em 1994, Kamen Rider Jay trouxe uma história criativa. Kouji Segawa (estrelado por Yuuta Mochizuki) é jovem fotografo e repórter que investigava mortes estranhas de animais em uma montanha próxima a sua cidade. Durante sua caminhada conhece uma pequena garota chamada Kana e os dois se tornam amigos. Mas as coisas ficam difíceis quando em uma noite, seres de outro planeta, conhecidos como “Fogs” chegam a terra e raptam a garota, e Kouji ao tentar salvá-la acaba perdendo a sua vida. Por outro lado, os espíritos da terra reconhecem a bondade e coragem do rapaz e o ressuscitam utilizando de uma energia poderosa conhecida como “J-Power.” Herdando a energia da terra, ele agora pode se tornar Kamen Rider J, com grande força e capacidade de se tornar gigante. Ele parte para deter os Fogs e salvar a sua pequena amiga. Jay encerrou o que podemos considerar uma trilogia de sucesso. Mesmo pertencendo ao período Heisei, esses Riders por muitos são considerados ainda como parte da Era Showa, pelos seus visuais e enredos próximos ao habitual. Um curta de 9 minutos foi lançado no dia 6 de agosto de 1994. O título era Kamen Rider World, e neste especial temos um encontro entre os Riders ZO e J que enfrentam nada mais nada menos que Shadow Moon, e acreditem, em uma forma gigante!



Durante e depois da trilogia de filmes, a Toei decidiu apostar em novas mídias levando a franquia para os consoles e também para a animação. A novidade veio com Kamen Rider SD (Kamen Raidã Esu Di) A sigla SD vem da palavra Super Deformed (Super Deformado) e mostra uma versão mais “fofa” dos Kamen Riders. 


A história mais voltada para o público infantil, misturava ação e comédia. Tudo começou nas páginas de um mangá escrito por Kei Aoki e publicado pela ComicBonBon. O título do mangá era: Kamen Rider SD: Mighty Riders. Outra edição veio logo em seguida com o nome Hurricane legend escrito por Hiroshi Katô e publicada entre janeiro de 1992 a abril de 1993. Em seguida veio Wild Running Smile School por Takeshi Tamai. O Mangá continuou sendo publicado pela Shogakukan na versão de Minoru Nonaka até 1997 e seguindo com a edição Bottakun por Yuji Hoshi até dezembro de 1999. Dessa vez lançado pela Terebi-Kun. O mangá rendeu ao todo 22 volumes. 

Em 22 de janeiro de 1993 foi lançado o primeiro jogo baseado no mangá, para o Super Nintendo, com o nome Kamen Rider SD: Sortie! Riders Machines. Outra versão foi lançada em 20 de agosto também de 1993 para o Game Boy com o título Kamen Rider SD: Run! Mighty Riders. Também em 1993, foi lançada a primeira produção em anime com o OVA (Original Video Animation) intitulado Kamen Rider SD: Strange!? Kumo Otoko e foi baseado na segunda edição do mangá, com RX como protagonista da história. Uma curiosidade muito interessante, é que o RX foi dublado por Joe Onodera, filho de Ishinomori. 

E 1993 realmente pareceu ser O ANO para os Riders. E neste ano também aconteceria um dos encontros mais icônicos e improváveis de todos os tempos! Quem diria que as duas grandes empresas Toei e Tsuburaya Productions, consideradas rivais, um dia produziriam algo em conjunto, e isso aconteceu com o especial Ultraman vs Kamen Rider. Apesar do título a ideia não foi mostrar de forma direta um duelo entre os dois super-heróis mais queridos do Japão e sim uma espécie de documentário divididos em 3 vídeos, que na época foram lançados em VHS. O especial era repleto de curiosidades, melhores momentos das duas franquias, além de entrevistas com Shotaro Ishinomori e Noburo Tsuburaya, produtor e filho de Eiji Tsuburaya, criador dos Ultras e fundador da Tsuburaya Pro. No final sim é mostrado os dois heróis juntos combatendo uma ameaça, uma luta curta, mas que irá permanecer na mente de todos os fãs para sempre. Atualmente este especial foi lançado em DVD e Bluray no Japão como mostra a imagem ao lado. 

Vamos agora um pouco mais adiante, no ano de 1995. Como todos sabem, em 1993 a empresa americana Saban ententeinment começou a adaptação das séries da franquia Super Sentai, iniciando assim a franquia Power Rangers com a série Mighty Mophin Power Rangers, adaptação do original Super Sentai Kyouryuu Sentai Zyuranger do ano de 1992. Após o sucesso destas produções, a empresa americana então optou por tentar adaptar outras franquias, como Metal Heroes e por que não, Kamen Rider. Dessa ideia nasceu o “péssimo” Masked Rider, adaptação da série Kamen Rider Black RX que chegou também a utilizar algumas cenas picotadas dos filmes ZO e J. A primeira aparição de Masked Rider aconteceu em um episódio da primeira temporada de Power Rangers em setembro de 1995. Depois ganhou uma série televisa com 40 episódios. E bom, por sorte tivemos acesso a série original de RX, pois esta versão “Sabanizada” até hoje causa estranheza e um certo repudio por parte dos fãs da franquia. Mas vale ao menos uma menção pois querendo ou não, com certeza a Toei lucrou com isso, e todos sabem que dinheiro é algo que a Toei adora (Risos).


Masked Rider e o Ranger Branco de Power Rangers.

A franquia foi então sobrevivendo com vendas de produtos, tais como CDs, Brinquedos e jogos de Video Game. Ao amanhecer do dia 28 de janeiro de 1998, a terra do sol nascente acordava triste e se lamentava devido a morte de Shotaro Ishinomori, que faleceu por problemas cardíacos, aos 60 anos de idade. Nesta época, o autor já estava começando a desenvolver alguns esboços e rascunhos na tentativa de trazer a franquia de volta. A morte do autor causou um grande impacto, mas a Toei, decidiu cumprir seu desejo e em 1999 já começava a produzir uma nova série para iniciar o que seria uma nova era para a franquia Kamen Rider. No dia 30 de janeiro de 2000, estreou então na TV Asahi o Kamen Rider Kuuga, a primeira série da Era Heisei. Com um visual simples e ao mesmo tempo moderno. Em seu slogan continha a frase: Um novo herói, uma nova lenda.

Kamen rider Kuuga, o primeiro rider da era Heisei.


Já em 2001, foi a vez de trazer os Riders da Era Showa de volta em comemoração aos 30 anos da franquia. Dessa vez, eles voltariam em formato mangá com roteiros e artes de Kenichi Muraeda e publicado pela Kodansha, atualmente o trabalho se encontra com um total de 16 volumes. Kamen Rider Spirits conta diferentes histórias divididas em 3 arcos. A primeira parte conta a histórias de cada Kamen rider antes dos eventos do especial de ZX. Os arcos 2 e 3 já introduzem o personagem ZX assim como o império Badan e seus principais vilões. O mangá além de ser uma continuação direta das séries de TV também desvenda alguns furos e mistérios nunca solucionados até então.

Em 2009, começou a ser publicado Shin Kamen Rider Spirits, também por Keinichi Muraeda e ainda se encontra em andamento no Japão, com 10 volumes já publicados. Após a JBC publicar o mangá de Ultraman aqui no Brasil, muitos fãs começaram algumas petições e movimentos afim de tentar trazer o mangá para o Brasil. Até o presente momento não sabemos se há essa possibilidade, mas a JBC tem se destacado e trazendo muitas novidades ultimamente, então neste caso, também não há razões para duvidar. Para quem é fã da franquia, Kamen Rider Spirits é um material essencial, quase que obrigatório, contando com um belíssimo traço. Então, JBC não perca tempo e atenda o nosso pedido, afinal, nunca te pedimos nada. Não é mesmo? (Risos).

ALGUNS FATOS E CURIOSIDADES SOBRE A FRANQUIA

NOMES DOS VEÍCULOS

Se tem algo que ficou caracterizado se tornando marca registrada da franquia, são as motos dos heróis. Afinal, o que seria de um Kamen Rider sem a sua fiel máquina. Né? Desde que Ishinomori começou a desenvolver o personagem, assim também foi desenvolvida a sua moto que inicialmente ganhou o nome de Cyclone. Com o passar do tempo essa mesma ganhou uma nova forma conhecida como New Cyclone. A partir daí todo Kamen Rider possuiu a sua moto se tornando uma grande aliada nas lutas e todas elas possuíam nomes, e no caso da série Black, as máquinas também tinham vida. Kamen Rider Black Rx foi a série que apresentou mais variedades de veículos, pois quando Black renasce, sua moto Battle Hopper também evolui para Acrobatter, assim também se transformando conforme as formas do herói iriam mudando. Por exemplo: Roboiser moto de RoboRider e IronSnake (Mach Jabber) moto de BioRider. Além disso, Rx foi o primeiro Rider a possuir um carro, no caso que ele mesmo construiu com o nome Raidron (Ridelone, no original).

O MENTOR DOS RIDERS: TOBEI TACHIBANA 


Mas você pode estar se perguntando, quem é que fornecia essas maravilhosas máquinas aos Kamen Riders? Em alguns casos, a participação do personagem Tobei Tachibana foi decisiva nesta questão. Ele praticamente foi um professor de corridas para Takeshi Hongo e permaneceu ativo nas séries até 1976 em Kamen Rider Stronger. Foi responsável pela maior parte das cenas cômicas das séries. Ele aparece em desenho no mangá original e no Ova Kamen Rider SD. Tachibana foi interpretado pelo ator Akiji Kobayashi, veterano no mundo Tokusatsu, pois anos antes havia feito um excelente trabalho como Capitão Muramatsu na série do primeiro Ultraman, entre outros trabalhos famosos. O ator faleceu em agosto de 1996 aos 65 anos, vítima de câncer no pulmão.

AS FORMAS DE ICHIGO


Durante a exibição da série do primeiro Kamen Rider em 1971, muita coisa foi mudando com o decorrer dos episódios. Uma delas foi o traje do herói que acabou ganhando formas diferentes. A maior mudança, no entanto, era percebida em sua máscara e no caso da segunda forma (Sakurajima) ele ganha uma cor diferente, mais escura que a primeira. Muitos dizem que este nome é uma referência a ilha Sakurajima, umas das 4 maiores ilhas do Japão e que sofreu a erupção de um vulcão no ano de 1941, mas não há nenhuma fonte que confirme isso de fato. A terceira forma é mais clara e foi a definitiva usada nas demais produções o qual também é usada até os dias atuais.

O PRIMEIRO "POWER UP"


Mesmo o Ichigo apresentando trajes diferentes, o primeiro Kamen Rider a ganhar uma nova forma, o também conhecido “Power Up” foi o Kamen Rider Stronger. No episódio 31, Stronger tem um dínamo super eletrônico inserido em seu corpo, ganhando assim a forma “Charge up Form” que lhe dá grandes poderes. Na Charge Up form, Stronger muda algumas partes de seu traje para a cor prata.

REFERÊNCIAS E HOMENAGENS



Diversas produções entre animes e games, já fizeram homenagens e referências aos Kamen Riders ao longo dos anos. Se fosse colocar pelo menos algumas delas aqui, a matéria ficaria longa demais, então resolvi destacar apenas um personagem em específico para servir de exemplo. Este personagem é a May Lee, personagem que nasceu originalmente do game “The King of Fighters” em suas edições de 2001 e 2002. A May Lee além de ter em seu traje um cinto e lenços idênticos ao de Kamen Rider, também usa golpes e poses semelhantes, inclusive o Rider Kick. Não é a primeira vez que os Japoneses homenageiam os tokus nos vídeo games, mas a respeito dos Kamen Riders, May Lee representou muito bem!

 OS KAMEN RIDERS NA TAILÂNDIA???


Se você considera o Masked Rider como a pior coisa feita dentro da franquia, assim como a pior adaptação de um tokusatsu na TV, provavelmente nunca escutou falar do filme “Hanuman and the Five Riders”. Essa produção horrenda aconteceu no ano de 1975, quando a Toei Company deu permissão para que a empresa Tailandesa Chaiyo Productions produzisse um filme utilizando os seus 5 primeiros Kamen Riders. O filme utilizou cenas originais e inclusive teve as músicas originais das séries cantadas em tailandês, e mostrou o encontro dos Riders com o Deus macaco Hanuman. Para quem não sabe, a Chaiyo também produziu um filme mais horroroso ainda em 1974 com a franquia Ultra, e isso gerou um grande problema para a Tsuburaya quando a empresa tailandesa forjou alguns papeis, e o caso foi parar na justiça se estendendo durante anos, até a Tsuburaya ganhar a causa. O plano da Chaiyo era de criar o seu próprio Kamen Rider, mas a Toei recusou (Para nossa sorte). Então se você ainda não assistiu esse filme, aqui vai uma dica: Não assista para evitar constrangimentos (risos). 

ISHIMORI PRODUCTIONS 


Como todos sabem e já foi dito aqui, todas as séries foram produzidas pela Toei Company, mas também contaram com o apoio da empresa Ishimori Productions. A Ishimori é um estúdio fundado pelo próprio autor afim de promover e financiar muitas de suas obras famosas, como Cyborg 009 e Kikaider. No caso dos Kamen Riders, essa união teve início na série Kamen Rider V3. Atualmente, a empresa é supervisionada por Akira Onodera, o segundo filho do autor. Em 2013 a empresa se uniu a MNC Média da Indonésia e produziram a série BIMA Satria Garuda, que contou com a sequência Satria garuda BIMA X em 2014. O herói inclusive tem fortes influencias nas séries Kamen Riders.

Além da Ishimori productions, também existe o museu Ishinomaki existente na região de Miyagi, considerada a terra Natal do Kamen Rider. Este museu é decorado somente com obras do autor. No ano de 2011, a região foi invadida por um Tsunami de 8.9 pontos na escala Richter causando uma grande onda de destruição. No entanto, uma cena chamou muito a atenção quando a estátua do Kamen Rider que fica em frente o museu, continuou intacta em meios aos destroços causados pela tragédia. Essa foto ganhou forte repercussão na época e simbolizou a força dos Japoneses, trazendo coragem e esperança para todas as vítimas do desastre. Uma cena bastante chocante e ao mesmo tempo emocionante.

Antes e depois da tragédia
O REBOOT 


Kamen Rider The First (Kamen Raidã Za Fãzuto) foi primeiro Reboot do clássico Kamen Rider, e estreou no final de novembro de 2005 nos cinemas japoneses, com o jovem ator Masaya Kikawada como o novo Takeshi Hongo. O filme que trouxe os Riders em uma nova roupagem, agradou em cheio o público. O roteiro escrito por Toshiki Inoue, teve como principal influência não a série de TV, e sim o mangá original de Ishinomori, porém com algumas diferenças na história. 
Merece destaque a presença do ator Hiroshi Miyauchi (Shiro Kazami em Kamen Rider V3) que no filme interpreta Tobei Tachibana, entregando a Moto Cyclone ao jovem Takeshi. Outra curiosidade do filme é o fato do Dr. Shinigami ser o principal vilão da Shocker. Este personagem, foi um dos vilões da série clássica e foi interpretado pelo ator Hideyo Amamoto que possui um extenso currículo de series Tokusatsus. Nós Brasileiros o conhecemos como o Prof. K na série Machineman. Ele faleceu em 2003 aos 77 anos de idade. Para participar do filme, a Toei utilizou cenas originais do ator no seriado e foi dublado por Eiji Maruyama.

No finalzinho de 2007, devido ao sucesso de The First, o filme ganhou a sequência Kamen Rider The Next (Kamen Raidã Za Nekusuto). Também escrito por Toshiki Inoue. Este filme tem como protagonista Kamen Rider V3, aqui interpretado por Kazuki Kato. Um ano antes, ele havia participado da Kamen Rider Kabuto como Kamen Rider Drake. Apesar de ser uma sequência direta de The First, este filme tem uma história totalmente inédita e diferente, e até hoje surpreende pela sua temática séria e adulta.

O SEGREDO DO KAMEN RIDER 3 (SANGÕ)


Quando foi anunciado o filme Super Hero Taizen GP no ano passado, muitas pessoas comemoraram pela volta de muitos atores das séries anteriores da franquia, inclusive o ator Tetsuo Kurata, que voltaria como o Kamen Rider Black. Mas, entre todas essas novidades, a Toei apresentou um misterioso personagem que seria inserido na trama e que mexeu com a curiosidade de todos. Seu nome era Kamen Rider 3 (Sango). Como todos sabemos, o terceiro Rider sempre foi o V3, mas acontece que a Toei foi buscar longe este personagem, e o trouxe a tona por mera jogada de marketing. Para se ter uma ideia, até o anuncio do filme, esse personagem era desconhecido até mesmo pelos fãs mais dedicados da franquia.

No entanto, quando ele surgiu, também foram surgindo algumas informações a seu respeito. Na verdade, ele foi criado a partir de um mangá de apenas 5 páginas lançados pela Terebi Magazine entre 1971 a 1972, quando a serie clássica ainda estava em exibição. Na história ele é construído para destruir os Riders 1 e 2 pela Shocker Ghost, uma organização que viria antes da Gel-Shocker na série. A ideia inicial era introduzir o Rider 3 na série para que posteriormente ele se tornasse um aliado, mas essa ideia de terceiro Rider acabou resultado no Kamen Rider V3 que todos nós conhecemos, e o personagem simplesmente acabou sendo esquecido pelo tempo. No filme, ele teve muitas diferenças com o personagem do mangá, e também ao invés de uma moto semelhante a Cyclone, a Toei inseriu o carro TriCyclone, isso por que o Rider principal do filme era o Kamen Rider Drive, que como todos sabem, também possui um carro. Uma curiosidade é que o Rider 3 foi interpretado pelo cantor e ator Mitsuhiro Oikawa, que cantou o tema de encerramento do filme, com a música “Who’s That Guy.”


Após o filme, a Toei anunciou também o Kamen Rider 4, uma história paralela com o filme, e que contou com apenas 3 episódios especiais lançados para vídeo. Diferente de Sango, o Kamen Rider 4 não vem de nenhum material lançado no passado, e possui um visual e história totalmente nova, mas mantendo um visual bem tradicional.


FINALIZANDO

Não importa quando tempo passe, as séries dos Kamen Rider serão eternamente lembradas. Seja por seus visuais marcantes, pelos dramas vividos pelos heróis, ou até mesmo pelos conceitos e valores transmitidos por elas. Os Kamen Riders, nos ensinaram que ainda que tenhamos que caminhar sozinhos, jamais devemos desistir de lutar, mesmo que para isso, tenhamos que passar por uma transformação. Ensinaram também que, muitas vezes, devemos confiar somente em nossa própria força e dar as costas aos nossos inimigos. Nos ensinou o valor da amizade e do companheirismo, e principalmente, que, por mais cruel que seja o nosso destino, sempre haverá um novo caminho para seguir. Com todos esses ensinamentos, os Riders marcaram toda uma geração que até hoje carrega uma grande legião de fãs. Esta matéria foi feita afim de homenagear os seus 45 anos que completam neste ano de 2016. 
É claro que a história dos Riders não parou por aqui e a Era Heisei iniciada a partir do Kamen Rider Kuuga em 2000 também tem nos rendido obras maravilhosas, que logo-logo vocês verão por aqui também!

A Toei já começou os movimentos para o aniversário de 45 anos da franquia e no dia 16 de março já teremos o primeiro projeto do SuperHeroYear que será Kamen Rider #1. Ao que tudo indica um novo reboot do clássico de 1971. Ainda é cedo para dizer, mas, o filme já está sendo muito esperado e resta a nós aguardarmos.

Novo visual do novo Kamen Rider Ichigo liberado pela TOEI. O que acharam?

E está foi a segunda e última parte da matéria especial dos Kamen Riders. Se você gostou compartilhe e não esqueça de visitar o nosso grupo e página no Facebook.

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sábado, 9 de janeiro de 2016

#Especial Kamen Rider 45 Anos - A Era Showa Parte 1

Boa tarde amigos Tokufãs, como vão vocês? 2016 mal começou e nós já estamos sendo presenteados com muitas novidades no universo Tokusatsu, não é mesmo? Este ano temos as comemorações de 50 anos da Tsuburaya, 40 anos de Super Sentai e 45 anos de Kamen Rider. Para comemorar estaremos trazendo matérias especiais sobre todas essas franquias. A primeira delas, e este especial sobre os Kamen Riders da Era Showa, que fazem história desde os anos 70 no Japão e hoje já se tornaram patrimônios do País. Sem enrolação, confiram a primeira parte deste especial! 


1971 - O NASCIMENTO DO PRIMEIRO KAMEN RIDER

Imagino que vocês leitores já estejam carecas de saber que Kamen Rider é uma produção criada pelo mestre do Mangá Shotaro Ishinomori, não é mesmo? É praticamente impossível que algum admirador de Tokusatsu que se preze não tenha ao menos escutado falar sobre ele, ou que não tenha assistido alguma de suas obras.  Mas antes de falar sobre Kamen Rider, vamos voltar um ano antes, mais precisamente em 1970.  Nesta época, Ishinomori já havia alcançado muita fama no Japão, e com isso, ele lançava muitos trabalhos, um após o outro, a maioria com boa aceitação do grande público. No mais novo trabalho do autor, ele nos apresentava Skull Man, um “anti-herói”. A história rendeu apenas 1 volume, mas de início, causou um grande impacto entre o público, pois apresentava uma história sombria, com um personagem que não escolhia meios para atingir seus objetivos, mesmo que para isso, ele precisasse sacrificar pessoas inocentes. Talvez toda essa obscuridade envolvendo o personagem tenha sido o grande motivo para ser tão impactante e por que não, tão fascinante...

Shotaro Ishinomori : A Mente por trás do Kamen Rider.
Em seguida, veio a ideia de levar o personagem para as telas, porém, a Toei Company queria produzir um programa que fosse agradável aos olhos das crianças, e claro que Skull man não combinava em nada com um Super-herói. A única coisa que ele passaria, no mínimo, seria medo e pesadelos para as crianças (Risos). Foi então necessário que Ishinomori fizesse grandes mudanças no visual e enredo de seu personagem. Sendo assim, utilizando como base o mangá, criou um novo personagem, desta vez com mais pinta de herói, e cá entre nós, um visual muito mais bonito! O novo herói teria uma aparência de um Homem e um gafanhoto, dessa mistura, nasceu o primeiro Kamen Rider (Cavaleiro Mascarado).
No dia 4 de Abril de 1971, estreou na TV NET (atual TV Asahi) as 7:30 da manhã, a série Kamen Rider, obtendo um índice de audiência considerável, e já dava índicos que de ali estava um novo grande sucesso. Durante sua exibição também era publicado o mangá desenhado e escrito por Ishinomori. A série foi muito bem aceita por trazer uma inovação dentro do gênero Tokusatsu, pois na época, a televisão Japonesa estava invadida pelos gigantes da Tsuburaya, com séries da franquia Ultraman e os demais Kyodai Heroes. Como por exemplo Mirroman, série que se encontrava em exibição no mesmo ano. Essas séries alcançavam altos índices de audiência na época, e Kamen Rider, conseguiu bate-las de frente em audiência e popularidade. Além de uma trama dramática e sombria, a série também nos apresentava um herói e monstros no tamanho humano, agradando em cheio crianças, jovens e adultos.

Na foto: Hiroshi Fujioka, o verdadeiro Kamen Rider.

Um ponto curioso nesta série, é que muitas cenas de ação eram feitas sem uso de dublês, e os próprios atores faziam cenas muitas vezes muito arriscadas. De fato, isso gerou um grande problema para o ator Hiroshi Fujioka, protagonista da série interpretando Takeshi Hongo, o próprio Kamen Rider. Antes do termino das gravações do episódio 10 do seriado, o ator se acidentou gravemente ao cair da moto, e teve a perna prejudicada. O episódio foi então terminado, mas precisou ser editado para que não fosse percebida a sua ausência. O ator precisava ficar em repouso no mínimo 8 meses, e a solução que os produtores da Toei conseguiram foi uma mudança radical no roteiro da série.
A solução foi colocar o ator Jirou Chiba, que interpretaria um agente do FBI na luta contra a organização Shocker. Para justificar a ausência de Takeshi Hongo, era falado que o mesmo estaria enfrentando a Shocker na Europa. Não demorou muito para que um novo Rider aparecesse para dar vida a série, e isso foi feito no episódio 14, quando entrava Hayato Ichimonji, o Kamen Rider 2 (Nigo), estrelado pelo ator Takeshi Sasaki. Após muitos episódios sendo estrelado por Ichimonji, no episódio de número 53 da série, o ator Hiroshi Fujioka já se encontrava recuperado e então, volta para a série interpretando o Kamen Rider até o episódio 98, que marcou o final da série na TV.



A Trama da série, apresentava um herói transformado em um ciborgue/humanoide por uma organização maligna. Mesmo conseguindo escapar da base antes de ter sua memória apagada, ele tem de enfrentar um cruel destino, com o peso de ser diferente e ter de usar de seus poderes para proteger as pessoas e o país dos planos malignos de dominação das organizações. Esta foi a premissa utilizada em boa parte das séries da Era Showa, sendo mudada somente com a entrada da Era Heisei nos anos 2000. 
A série do Kamen Rider, rendeu 3 filmes. São eles Go Go Kamen Rider (1971, versão filme do episódio 13), Kamen Rider vs Shocker (1972) e Kamen Rider tai Jigoku Taishi (1972). O grande sucesso da série, foi impressionante até mesmo para a Toei. Em seus últimos episódios, a série alcançou uma incrível marca de audiência, uma média de 21,2% o suficiente para se tornar um dos programas mais assistidos da época. Foi então que, logo seria criado uma franquia, e a segunda série sairia já no ano seguinte, em 1973. Apresento-lhes o Kamen Rider V3! 

1973 - O TERCEIRO KAMEN RIDER!




Kamen Rider V3 (Kamen Raidã Buisuri) estreou no dia 17 de Fevereiro de 1973 e veio com uma sequência direta do primeiro Kamen Rider. Hiroshi Miyauchi, famoso ator e dublê da Toei, conhecido por interpretar personagens de séries famosas como Ao Ranger (Goranger), Big One (JAKQ Dengekitai) e Ken Hayakawa (Kaiketsu Zubat).  Nós Brasileiros o conhecemos muito bem pelo papel de Chefe Masaki nas séries Winspector e Solbrain. Pode se dizer que Kamen Rider V3 foi o primeiro trabalho de grande destaque do ator e o que o fez ganhar mais respeito e admiração pelo público japonês ao lado de Hiroshi Fujioka.

A história de V3, tem um roteiro ainda mais dramático. Após a destruição das organizações Shocker e Gel-Shocker pelos Kamen Riders 1 e 2. Uma nova organização do mal surge com o nome de Destron. O jovem motociclista Shiro Kazami, vê toda sua família sendo morta de forma brutal pelo monstro Jaguar. Ele havia se tornado alvo de Destron, após ter visto um incidente e tomado conta da existência da organização secreta. Shiro era amigo de Hongo e Ichimonji, que sabendo do ocorrido conseguem salvar a pele de Shiro a tempo. Com a revolta por ter perdido toda a sua família, ele pede para que os 2 Riders o reconstruam como um homem mutante. A Resposta dos Riders é negativa. Mas, após os Riders tomarem conhecimento da base de Destron, eles partem com intenção de destruí-la, porém, os dois Riders são recebidos por um poderoso raio desintegrador capaz de mata-los. Neste mesmo instante, Shiro que havia seguido os dois até a base, se atira na frente do raio para salvar os seus amigos. Com Shiro quase morto, o único modo de salvar sua vida seria realizando uma operação mutante, e os Riders assim o fazem.
O resultado disso, foi o Kamen Rider V3 dotado de muita força, agilidade e 26 segredos e técnicas diferentes que vão sendo descobertos aos poucos com o auxílio dos Riders. V3 agora se torna o principal defensor do Japão e luta para destruir Destron que em sua primeira investida, pretende explodir toda a cidade, e sobra para os 2 Riders usarem de suas últimas forças para salvar o dia. Eles desaparecem nos céus deixando tudo nas mãos de V3.

A série possui roteiros muito bem elaborados e muitas reviravoltas. Destaque para os episódios 33 que marca a volta dos Riders e o episódio 43 onde marca a chegada de Yuki Joji, o Riderman (também conhecido como Kamen Rider Yongo, ou seja, o quarto Rider), que acaba se torna um aliado de V3 na luta. Antes de se tornar Riderman, ele era mais um órfão e trabalhava como cientista da Destron. Após ter sido acusado de traição, é condenado a morte sendo mergulhado em uma piscina cheia de ácido. Ele tem um de seus braços dissolvidos, até que o grupo de cientistas que trabalhavam com ele, também se rebelam e salvam sua vida. Yuki foge e em um esconderijo consegue por ele mesmo, se tornar o Riderman e assim jura vingança contra Destron. Kamen rider V3 se finalizou no dia 9 de Fevereiro de 1974, totalizando 52 episódios e 2 filmes. São eles: Kamen Rider V3 (versão filme do episódio 2) e Kamen Rider V3 vs Destoron Kaijin. Ambos de 1973.

V3 ao lado de seu parceiro Riderman.

1974 - SET UP! KAMEN RIDER X!




Em seguida, mais precisamente quase uma semana após o final de V3, temos uma nova série Rider estreando na TV. No dia 16 de Fevereiro de 1974, surge o Kamen Rider X (Kamen Raidã Ekkusu)! A série contou com um baixo orçamento e por conta disso, teve menos recepção que as anteriores, contando com apenas 35 episódios que se finalizaram no mesmo ano, no dia 12 de Outubro.
A série mais uma vez, aborda o drama de um homem reconstruído. O herói da vez é Keisuke Jin (interpretado pelo ator Ryo Hayami) que ironicamente é transformado em um homem ciborgue pelo seu próprio Pai, Keitaro Jin, um respeitado cientista especializado em robótica. Por conta de suas experiências, os dois se tornam alvo da organização terrorista GOD (O nome em Inglês significa “Deus” mas a palavra é na verdade uma sigla para “Government of Darkness” algo como “Governo das trevas”). O Cientista tem toda a sua pesquisa roubada pela GOD e tanto ele quanto seu filho Jin, são atacados. Antes que morresse, ele consegue usar os últimos recursos para salvar a vida de seu filho, o tornando um Kamen Rider. Jin agora parte para vingar a morte de seu Pai e assegurar a proteção da terra (Tóquio).

Kamen Rider X nos mostrou o primeiro dos muitos crossovers entre os Riders da franquia.

Os monstros da GOD, normalmente eram baseados em personagens da mitologia grega. Além dos monstros, X também enfrenta Apolo Geist, e no final o gigantesco King Dark. Este último só foi derrotado graças a intervenção dos Riders anteriores que dão uma mãozinha ao X, fazendo assim o primeiro de muitos crossovers entre os Riders que ainda estariam por vir. Algumas inovações foram inseridas na série, como o Henshin (transformação), onde Keisuke gritava “SET UP” e todo processo, assim como o encaixe do capacete era mostrado com detalhes. Outra inovação foi o fato da arma “Ridol” ser usada de forma frequente pelo Rider durante toda a série.
Assim como seus antecessores, Kamen Rider X rendeu 2 filmes para o cinema: Kamen Rider X (Versão filme do episódio 3 da série) e 5 Riders vs King Dark (1974).

1974 -1975 - AMAZOOOOOOOOOOOONNNN!!!! O RIDER SELVAGEM 



Após a trajetória do Kamen Rider X, surge uma das séries mais criativas e também mais ousadas da Toei Company. No dia 19 de Outubro de 1974, o Kamen Rider Amazon mostrava a sua cara e suas garras literalmente na Televisão Japonesa. Quem ainda não assistiu a série, pode estar se perguntando: Mas por que uma série ousada? Só por que é um herói que veio da Amazônia? – Não exatamente. A série possui um enredo simples, mas ousou por mostrar um Rider que não utiliza armas, nem muito menos menciona golpes tradicionais como Rider Kick ou Rider Punch. Amazon utiliza de suas próprias garras e dentes para cortar e matar os seus inimigos. Isso com certeza, tornou a série uma das mais violentas da franquia até hoje. Além disso, a aparência monstruosa de Amazon, fugiu do convencional “Homem-Gafanhoto” e nos apresentou um Rider baseado em uma espécie de lagarto, semelhante aos Dragões de Komodo. O único golpe de Amazon é o “Dai Setsudan” ou “Grande Corte” em português.

Amazon não teve um crossover direto com os Riders, mas algumas imagens promocionais foram lançadas na época!
Daisuke Yamamoto (Interpretado por Toru Okazaki) ainda bebê foi o único sobrevivente de um acidente de avião ao qual estava toda a sua família. O Avião cai na floresta amazônica, e o ainda bebe Daisuke, é salvo e criado por um sacerdote que o nomeou como Amazon. Com o surgimento do grupo demoníaco Geddon, o velho sacerdote entrega a Amazon o bracelete “GIGI” que lhe dá incríveis poderes mutantes. Um monstro de Geddon estava escondido na floresta e mata o sacerdote, afim de tentar roubar o bracelete, já que eles possuíam a outra metade. Juntando as duas, o usuário ganharia incríveis poderes. Amazon passa a ser perseguido por Geddon e em uma viajem clandestina de navio, consegue fugir para o Japão. O problema, é que Amazon não sabia falar nenhuma língua. No entanto, ele conhece o pequeno Masahiko que cria um laço muito forte com Amazon se tornando seu primeiro amigo. No Japão ele passa a enfrentar os Geddon e mais tarde o império Garanda, que também almejavam possuir o bracelete GIGI de Amazon.  O Final de Kamen Rider Amazon foi ao ar no dia 29 de Março totalizando 24 episódios, se tornando assim a serie mais curta franquia. Apenas um filme foi produzido, na verdade editado do episódio 16 para uma versão filme. Alguns dias depois a série deu lugar a um novo herói, o Kamen Rider Stronger!

1975 - DENSHOCK! SURGE STRONGER, O RIDER ELÉTRICO!


Kamen Rider Stronger (Kamen Raidã Sutorongã) estreou no dia 5 de Abril de 1975 marcando a quinta série da franquia. Foi mais uma série curta durando apenas 39 episódios que se finalizaram no dia 27 de Dezembro do mesmo ano. Infelizmente o ator Shigeru Araki que interpretou Shigeru Jo, faleceu no dia 14 de Abril de 2012 ao 63 anos de idade. A causa da morte foi pneumonia e complicações pulmonares. Ele já havia inclusive operado um câncer no esôfago em 2007, mas infelizmente isso fez com o seu sistema imunológico baixasse e ele sofresse as consequências anos mais tarde. O seu trabalho na série, foi o seu primeiro como ator. Depois tentou carreira musical, participou de novelas japonesas, e em 2007 e 2011 concorreu as eleições para deputado no distrito de Meguro, mas não conseguiu vencer. Para manter vivo o trabalho deste excelente ator, vamos recordar as suas aventuras como herói defensor da justiça, o Kamen Rider Stronger! 

O Ator Shigeru Araki na série Stronger e mais atualmente antes de falecer.

O jovem Shigeru Jo se une a organização do mal Black Satan com o intuito de ficar mais poderoso para pode vingar a morte de seu melhor amigo. Ele passa por uma cirurgia que lhe dá poderes elétricos o transformando em um homem mutante (Stronger, assim como Amazon, foge do convencional homem gafanhoto. Seu design é baseado em um escaravelho, inseto pertencente a família dos Besouros). Após sofrer a cirurgia, ele acaba descobrindo que quem havia assassinado seu amigo, era na verdade os membros da Black Satan.

Antes de ter sua memória apagada, ele escapa e promete vingança contra a organização, tendo de enfrentar poderosos monstros e inimigos como Shadow e Delza. Ao sair da base, Shigeru leva consigo uma grande parceira que também foi reconstruída por Black Satan. Seu nome é Yuriko Misaki que se apresenta como Humana eletromagnética Tackle (Denpa Ningen Takkuru). Tackle foi interpretado pela belíssima atriz Kyoko Okada que também já e falecida. Mas isso ocorreu em Agosto de 1986, quando ela tinha apenas 27 anos de idade. A causa da morte, no entanto, é desconhecida. A atriz era amiga muito próxima de Takeshi Sasaki (Kamen Rider Nigo) mesmo após terem terminado seus trabalhos nas séries Riders. Uma pena saber que perdemos os dois principais atores da série. Stronger contou com dois filmes Kamen Rider Stronger (versão filme do episódio 7) e Zen’in Shugõ! Shinichin no Kamen Raidã especial que reconta o final da da série mostrando o crossover com todos os Riders, foi transmitido pela TV no dia 3 de Janeiro de 1976.


Quando a série de Stronger terminou no dia 5 de Abril de 1975, também estreou na TV NET a primeira série do gênero Sentai (Mais tarde se tornando Super Sentai), outra criação de Shotaro Ishinomori. Himitsu Sentai Goranger (Esquadrão Secreto Goranger) rapidamente fez um estrondoso sucesso, que ofuscou o sucesso que os Kamen Riders já vinham fazendo desde 1971. Isso obrigou a Toei fazer o seu primeiro hiato na franquia. Que só retornaria em 1979 com SkyRider. Sobre ele, vamos falar na segunda parte da matéria! Fiquem ligados! 

Imagem rara dos bastidores. Nas gravações dos últimos episódios da série Stronger.


E esta foi a primeira parte da primeira matéria especial do ano! Gostou? Então fiquem ligados pois logo traremos a segunda parte, onde vamos falar sobre os outros Riders da Era Showa, assim como os Filmes, personagens adicionais, veículos e muitas curiosidades. Curtam nossa página e compartilhe nos Blogs com seus amigos! Até a próxima!  

Confira a segunda parte clicando aqui.
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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Tokuforce #Rápidas: Grazi Lopes lança canal de vídeos

Olá Galera tokufanática!
O assunto não é sobre tokusatsus mas também tem uma certa ligação com os nossos heróis japoneses.
A nossa Kawai Grazi Sensei lançou um canal no YouTube que trará um excelente conteúdo sobre a língua Japonesa.Que com certeza vai ser uma ferramenta muito legal pra você que sempre quis aprender Japa. Nós do Tokuforce estamos muito orgulhosos da nossa Girl Power e desejamos muito sucesso para esse grande projeto.

https://youtu.be/5uZXBXw5WgM

Vídeo no ar, passa lá e deixa um Like. Não esquece de compartilha com todo mundo.
Então fique ligado nos próximos vídeos, não esqueça de se inscrever no canal.

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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Papo de tokufã especial com Ricardo Cruz


"Entender que a vida é difícil. Ir atrás do que você quer e enfrentar essa dificuldade, sem desistir."



É galerinha Tokufanática! Começando 2016 com força total com direito á festa no TOKUFORCE.
Pra começar bem o ano, o nosso bom Papo de hoje conta com a presença ilustre do Grande cantor Ricardo Cruz. Um Brazuca que dispensa comentários e que tem a cultura pop como se fosse uma segunda pele. É uma honra poder entrevistar um astro muito respeitado e admirado por uma legião de tokufãs nacionais e internacionais. Ricardo conta um pouco sobre seus trabalhos á frente do JAM, seus personagens de tokusatsus favoritos entre muitas outras curiosidades, e claro, a perguntas dos tokufãs que nos seguem. Desde já a equipe do Blog Tokuforce agradece a atenção e o carinho do nosso querido cantor pela entrevista.




TOKUFORCE: Ricardo, você começou seus trabalhos com o Jam, por volta de 2005, e de lá pra cá, fez grandes turnês com a banda, como a No Border em 2008. Fora esse grande evento, qual foi o maior show que você já fez com o Jam?




RICARDO CRUZ: Foi o de 2015 o mais recente. Aconteceu na Yokohama Arena, para 15 mil pessoas. Foi incrível.


Ricardo Cruz e toda a equipe do Jam Project



TOKUFORCE : A Música "Sem barreiras" que foi uma composição sua, que foi interpretada por você em parceria com Kouji Wada, fez muito sucesso nos eventos de anime aqui no Brasil. Além desta canção, também sabemos que você já escreveu a letra em Português da música "HERO". Você chegou a compor outras músicas junto com o Jam Project? Se sim, quais?

RICARDO CRUZ: A Sem Barreiras eu fiz apenas a letra. Foi uma honra poder colaborar com o Koji Wada, que além de grande músico, é um amigo que prezo demais. Já fiz bastante música para o JAM, as de maior destaque foram a abertura de Garo (Waga na wa Garo), o tema de 40 anos da Tatsunoko (the Great Voyage) e a mais recente, do jogo Super Robot Wars, chamada Final Round - essa foi feita em conjunto com todos do JAM.



TOKUFORCE: Ainda falando sobre o seu dueto com Koji Wada. Você gostaria de dividir o palco com algum outro artista?

RICARDO CRUZ: Claro, vários! Sou muito fã da voz do Eric Martin, vocalista do Mr. Big, seria muito legal cantar com ele algum dia.

TOKUFORCE: Como você vê a geração de Toku-fãs que condena o Tokusatsu pré e pós a geração Manchete? O que você acha do comportamento deles para as coisas que podem atrair uma nova geração de Toku-fãs?


RICARDO CRUZ: Acho natural que cada geração tenha seus Tokusatsus, séries, filmes favoritos, e que falem que o que veio depois é pior, etc.… É natural. No fim, tudo é uma questão de gosto. Eu mesmo gosto muito mais dos Tokusatsus que via quando era criança do que os de hoje. Tirando algumas séries pontuais incrivelmente boas, como Kamen Rider Gaim, por exemplo. Mas eu assisti a muitos Tokusatsus que não são exatamente da minha época. Eu alugava VHSs em locadoras japonesas em 1996/1997…Vi Carranger, Gingaman, B-Fighter, Janperson, Kamen Rider Kuuga… Gostava bastante da maioria.


TOKUFORCE: Você gostaria que houvesse estilos diferenciados de Tokusatsu hoje em dia, sem muito uso de CGs e demais tecnologias, como Jiraiya, por exemplo?

RICARDO CRUZ: Claro! Esse estilo mais roots está no meu sangue, é o que me fez gostar de Tokusatsu. Explosões, dublês, ação de verdade. Não que hoje isso não esteja presente nas séries, mas está bem menos. Odeio especialmente as explosões digitais…

TOKUFORCE: De todos os ensinamentos que o Tokusatsu preza, até por ser em sua maioria série infantis, tem algum, e se sim qual, você aplica em sua vida?



RICARDO CRUZ: Entender que a vida é difícil. Ir atrás do que você quer e enfrentar essa dificuldade, sem desistir.

TOKUFORCE: Muitas cenas são marcantes no universo Tokusatsu, como a morte do Jiban, a morte do monstro baleia e etc. Para você existe a cena mais marcante?

RICARDO CRUZ: A morte do Jiban e do Black, sem dúvida. E algumas batalhas finais. Change Dragon Vs Buba, Red Flash Vs Kaura… A cena em que o Kaura e o Galdan derrotam o La Deus juntos  foi bem marcante para mim. Sempre gostei mais dos vilões. Adorava esses episódios em que os heróis apareciam pouco hahaha.



TOKUFORCE: Falando um pouco da sua carreira como cantor, como é participar do JAM? Tem alguma história de bastidor para compartilhar conosco?

RICARDO CRUZ: É uma experiência maravilhosa. Aprendo muito o tempo inteiro com a banda. De bastidores… Deixa-meeu ver. Ah, na gravação da versão em português de Hero (já ouviram?) a Masami Okui chegou a chorar por não conseguir pronunciar as palavras direito. Paramos um pouco de gravar para ela se acalmar hahaha Aí deu tudo certo.

TOKUFORCE: Como você analisaria a repercussão de On the Rocks aqui no Brasil e no Japão?


On the Rocks. A Obra prima musical de Ricardo Cruz que homenageia o Tokusatsu.
RICARDO CRUZ: Está indo bem. Como Tokusatsu é um subgênero da cultura pop japonesa que não está mais no ar aqui no Brasil há muitos anos, é claro que a repercussão não é uma coisa explosiva. Mas estamos conquistando cada vez mais espaço e novas pessoas, que assistem ao clipe e se lembram como elas também gostavam dos heróis do Japão.


Capa do CD On The Rocks
TOKUFORCE: Os Tokuclássicos recentemente foram exibidos nos cinemas Brasileiros, pelo que foi revelado em sites e nas redes sociais, esse evento não teve o sucesso que almejavam ter, devido ao fato de que o Anime possui um número bem maior de fãs.  Em sua opinião, ainda existem poucos fãs de Tokusatsus ou faltou mais divulgação?

RICARDO CRUZ: Pode ter faltado divulgação sim, mas por se tratar de séries mais antigas, o número de pessoas dispostas a sair de casa e pagar para assistir isso no cinema também é mais reduzido, acredito. Uma pena, porque foi muito legal assistir Jaspion no cinema! Hahaha 

TOKUFORCE: Falando em Anime Friends, esse ano tivemos o prazer de conhecer o ator Tetsuo Kurata em sua primeira visita ao Brasil. Como você canaliza o sentimento de nostalgia por parte dos fãs do ator e dos seriados Black e RX naquele dia?


Ricardo junto do ator Tetsuo Kurata que visitou o Brasil em Julho de 2015 
RICARDO CRUZ: Foi incrível! Bem nostálgico. E ele está inteirão. Ainda agüentaria fazer uma série sem problemas. A apresentação dele foi bem legal, falou sobre muitas histórias de bastidores, fez as poses de transformação, etc. Um grande momento para os fãs de tokusatsu no Brasil.

TOKUFORCE: Já vieram ao Brasil: Takumi Tsutsui, Hiroshi Watari e Tetsuo Kurata, qual ator ou atriz de tokusatsu você adoraria que também visitasse o nosso país?

RICARDO CRUZ: O Change Dragon seria uma ótima. E o Jaspion também, né?!




TOKUFORCE:  Qual o seu seriado Tokusatsu favorito na sua geração?E qual a série atual que mais te chamou a atenção?

RICARDO CRUZ: Changeman e Kamen Rider Gaim.


TOKUFORCE: Aqui no Brasil, principalmente na Região Norte tem uma grande carência de eventos ligados à cultura pop Japonesa. Você tem projetos para fazer alguma turnê de On the Rocks no Norte-Nordeste do Brasil?



RICARDO CRUZ: Se os eventos daí me chamarem, eu vou! Na hora. Quem sabe um dia planejemos shows específicos, só de música, por aí também. Eu ia adorar!





TOKUFORCE: Deixe sua mensagem para o blog Tokuforce.

RICARDO CRUZ: Continuem sempre curtindo e divulgando esse gênero que faz tanta gente feliz que é o tokusatsu. (Conto com a parceria de vocês e de todos os fãs do Norte do Brasil nessa missão!) Um grande abraço!






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